terça-feira, março 10, 2009

"Não compreendo como o querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira: compreendo sim"*


"Porque esse talvez seja o único remédio quando ameaça a doer demais: invente uma boa abobrinha e ria, feito louco, feito idiota, ria até que o que parece trágico perca o sentido e fique tão ridículo que só sobra mesmo a vontade de dar uma boa gargalhada"*

Comecei a pensar em outras coisas, sensações muito mais intensas. Coisas do Presente. Como é difícil decepcionar pessoas queridas, e é ainda mais dolorido saber que isso sempre acontecerá, num dado momento onde nenhuma força de vontade, nenhum pudor, nenhuma barreira mental pre-estabelecida consegue impedir, lá estarei eu novamente decepcionando alguém.

Sem que eu me arrependa diretamente, porque não é certo esperar tanto assim das decisões do outro. E se o meu próximo passo te esmagar?!

Cada um procura uma fuga não é? Também se não for quero que saiba que eu tenho as minhas, fica tão mais fácil suportar com elas...

Hoje eu durmo, muito mais, como muito bem, medito (acredite!), concentro-me. Não me peça para sair do eixo agora. Eu preciso desse momento, desse up, mesmo que pra você isso seja atirar-me num vale sem fim. É só um ponto de vista meu bem, só um ponto de vista.
Eu quero ser melhor, ser maior, suportar de cara lavada algumas coisas, porém, no momento eu não posso fazer isso. Nem por mim, nem por você.
Por ninguém no momento...


* Caio Fernando Abreu.

Um comentário:

renata penna disse...

atire-se, e que seja por você. só assim vai poder ser pelo outro, um dia. quem sabe?