domingo, setembro 06, 2009

Deixo você ir...

Aqui sentada depois de ter vegetado o domingo todo. Sinto que aquela menina-mulher sorridente não está em casa. Será que ela saiu abandonando-me aqui num domingo qualquer sozinha? Entro na net leio todos os blog de sempre, os sites de sempre, as pessoas e suas vidas de sempre. Procuro um papo bom, um amigo também depressivo numa tarde de domingo pronto para um papo no msn a quilômetros de distância. Ninguém. Só eu mesma pra tirar folga de mim no domingo.
Eu andei abandonando pessoas e relações, queridas e intensas. Eu precisei abandoná-las por mim, por elas. Antes que tudo desse errado, antes que tudo deixasse de ser. Espero que entendam. Por mais que eu não quisesse, e eu não queria mesmo, eu tinha que fazer isso. E fiz e estou sofrendo as consequências disso. Sinto saudades... De algumas vozes ao telefone, de algumas visitas e pitadas de amor aqui e ali.
Mas infelizmente só o meu amor era puro o suficiente. Só o meu amor no fim de tudo existia. E novamente me dou conta que só existia do jeito que eu sentia para mim. Como uma criança que sai de casa aos 11 anos é sequestrada, tem duas filhas com o sequestrador e é libertada 18 anos depois (li reportagens demais hoje) após ter constituído "uma família" e até "afeto". Para o resto do mundo foi tortura, crime e violência, para ela e para as meninas já perdeu essa conotação.
Para mim também é quase isso (em outras proporções é claro) há quem dia que é joguinho, manipulação das boas, que é errado, que não vai dar noutra. Porém, para mim, são amigos que amo que vão embora, amigos que sinto saudades, pessoas que eu adoraria manter por perto por causa do "afeto" da "relação" que tinhamos. Eu nunca soube lidar muito bem com essa coisa de distanciamento. Pra mim sempre foi, olho no olho, dedo na cara quando necessário, um bate boca aqui e ali, conversas intermináveis, abraço e risadinha boba dias depois.
Mas eu cresci não foi? Tenho que começar a agir como um adulto bobo que é incapaz de resolver problemas e por isso foge deles.

obs: não generalizo.

2 comentários:

Diego Couto disse...

trabalhar aos domingos é uma boa solução

renata penna disse...

se as relações humanas coubessem em quadradinhos limitados e explicativos, não? mais fácil. esse é bom, aquele é ruim. no final das contas, mistura-se tudo, milhares de tons de cinza entre o preto e o branco, e a gente vivendo essa bagunça toda... uff.