quinta-feira, maio 31, 2007

mãos e braços beijos e abraços

“Dorme minha pequena
Não vale a pena despertar
Eu vou sair
Por aí afora
Atrás da aurora
Mais serena “.

Porque quando a gente sangra a gente acaba aprendendo de um jeito ou de outro. É na dor que a gente se reencontra, que cria coragem.
É também é na dor que gente querida faz falta. Que saudades das suas mãos calejadas, do seu colo sempre disponível, daquela serenidade invejável.
Saudades do seu olhar que sempre afirmou o meu caminho certo. Grande Homem. O verdadeiro e único grande homem que conheci.
Aos nossos momentos sutis, ao nosso carinho e admiração eternos. Ao nosso amor ilimitado querido avô saudades.
Adoraria ser embalada por você, no sono que eu mereço.


(música de Chico Buarque)

sexta-feira, maio 25, 2007

Cuspo fogo...



"sou um dragão de pêlo eu cuspo fogo

não me esconda o jogo ou berro no ato

meu amor meu bem me leve

de ultraleve de avião

de caminhão de zepelim". (Zeca Baleiro)



terça-feira, maio 15, 2007

Não há palavras certas

não sei dizer o que há em ti que fecha e abre;
só uma parte de mim compreende
que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas”.*

Não dá pra explicar, as vezes dói até sentir o que há no nós. O que motiva tudo, o que constrói, o que faz chorar... É tão forte e intenso, dividindo coisas, dividindo a minha vida, dividindo o presente. Nada é fácil de explicar, me faltam as palavras certas, o razão certa pra defender, “é isso”. Não há uma frase, não há nenhuma sigla que chegue perto do que eu quero expressar.
Devo dizer que dói, que até as vezes sangra, tanto querer intercalado com tanto sentir, tanto esperar. Eu quero andar de trem, pro resto da vida. Quero conceber novos passageiros, quero alimentar o forno com carvão, conhecer novos quilômetros, sentir tudo que houver no caminho.
Quero ganhar, quero chorar e até perder se for o caso. Desde que isso seja viver tudo que há pra viver.


(*Nalgum lugar - Zeca Baleiro)

segunda-feira, maio 14, 2007

A grande boboca


pensar ajuda e atrapalha;
cortando dois legumes com a mesma faca,
saio por aí vomitando coisas.

Grito, choro e falo merda...
Sempre assim, me comportando como uma verdadeira idiota.
Cadê a maturidade hein mocinha que você anda vomitando por aí?
Quase ninguém lê esse blog mesmo, construindo obras faraônicas;
obras feias ninguém quer ver o meu novo projeto.
Tudo anda em ruínas por aqui.
Ahhhhhh quem manda ser tão doida?
Eu sou a ferida do mundo, sangro, apodreço a carne.
O exagero da existência querendo abocanhar, digerir o mundo;
As sensações;
O perceber e o sentir.

A grande boboca que pensa ser diferente, que pensa ser especial, que pensa escrever coisas legais, que pensa entender o mundo, que acha que sabe qual caminho seguir, que inventa certezas, que engoli rancores.
A orgulhosa;
A stressadinha;
A menina que pensa ter a beleza que ninguém vê;
A determinada (que não consegue se convencer a dormir);
A menina diferente e especial que é parecidíssima com mais umas 300 meninas diferentes e especiais.
Por fim a grande boboca que pensa ser e não é.

quarta-feira, maio 02, 2007

Dona das Certezas

Imagino que muitas pessoas que me conhecem me acham “A louca”, mas não é bem assim não. Imagino também que todos eles sabem pouco sobre mim, e sobre o que o mundo me causa. Tenho muitos segredos e certezas, aqui embaixo da máscara de louca.
Sou alguém que nem eu mesma acredito que sou, como pode existir sentimentos tão fortes por trás de toda a insegurança? Como esconder por tanto tempo todos os medos? De onde brota coragem todos os dias? Penso, tento, e não consigo explicar uma serie de coisas sobre mim para mim mesma.
Ahhh, viver as vezes é tão difícil. Ter-e-não-ter certezas todos os dias é tão assustador, pelo menos para mim. Apesar de quase nunca seguir o esquema proposto, o cronograma, gosto quando as coisas acontecem do jeito certo.
Por exemplo, nunca entendi pra que ficar sem namorado, para namorar todo mundo (lê-se ficar) é sério! Pra que ficar feito barata correndo da vassoura? O primeiro princípio de ter um relacionamento não é dividir sentimentos e momentos? Ou tudo mudou? E quais são as certezas de viver como barata? Não obrigada. Definitivamente não nasci pra ser barata. Salvo os casos onde o que existe é uma tentativa, uma possível relação. Pois é as vezes me sinto a caretona pois eu NUNCA, nunca estive com ninguém (ler-se beijar na boca) sem que existisse um algo, um sentimento. Claro que essa é uma opinião minha, mas é que como o título desse texto diz sou a dona das certezas, pelo menos das minhas. Não quero um homem pra chamar de meu, não é algo tão possessivo assim, mas quero ter certeza que existe um alguém e um algo que dura mais que algumas horas.
Essa é apenas uma das minhas certezas, não sei bem nem porque decidi escrever sobre isso hoje, porém já foi escrito, depois relato mais umas outras certezas.