domingo, janeiro 06, 2013

E acabou.

Tanta coisa aconteceu no meio do caminho 2012 acabou e eu voadora que sou ainda estou aqui contabilizando e analisando o que foi vivido. Não pude, não quis perder metade do mês de dezembro tentando entender o que vivi esse ano. Na verdade esta é uma nova fase onde não mais dou tanta atenção, ou melhor dedico tanto tempo a remoer a vida, tenho dedicado os dias, as horas livres a acarinhar a barriga e acolher a bebê que gesto. E assim vivo mais dias tranquilos e calmos que antes. E assim penso menos no que não tem conserto, no que andei perdendo nos últimos tempos e sobre os golpes que andei levando da vida ultimamente.
Acho que tentaram me convencer esse ano que o meu jeito de interagir com o outro é errado, digo tentaram, é porque fui colocada na parede algumas vezes e por diferentes pessoas, em diferentes fases deste ano com as mesmas questões: porque porra eu me entrego tanto. É, não soube responder essa pergunta em nenhuma das fases, não sei falar sobre isso agora também, porque é algo que não percebo que faço, que não me incomoda ou me machuca, o que eu quero dizer, é que não é algo que eu quero deixar de fazer mesmo que tenha recebido tantos conselhos para parar. Gratidão pessoas. Mas eu prefiro permanecer, continuar. Mesmo que isso ofenda tanta gente, e esse ano eu tive ideia desse número.
Não tenho certezas, tem um tempo que eu vivo sem elas. Não me falta dúvidas e questões, mas isso sempre existiu aos montes dentro da cachola. Não sei passar batido diante das coisas, não sei repetir opiniões, não questionar as coisas que aprendo, que me interessam. Gosto de perceber que fiz muito isso esse ano, me dediquei a abrir o campo de visão diversas vezes e por causa dos mais variados motivos. E a terapia só fez isso se tornar apenas mais leve, a terapia veio para substituir, ou pelo menos amenizar a falta do papo descompromissado, sem limites, que eu tinha sempre e não tenho mais.
É eu acho que entendi muita coisa esse ano, conquistei muita coisa interna e sem valor material que me encheu o peito de uma alegria moça de ser tão honesta comigo. Sim, eu fui. o mais alto que podia esse ano. joguei-me nos mais complicados dilemas. mantive bravamente a minha decisão do afastamento tão dolorido e tão necessário para nós dois. e me deixei tocar pelos mais confusos sentimentos. conheci algumas sombras. tomei tanto chá, li tanto sobre medicina indiana que me livrei da alopatia e curei parte da alma. e finalmente ganhei a oportunidade de trazer alguém ao mundo e sem exageros foi a maior conquista desse ano.

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