quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Feliz.

"(...)Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna."*

E eu que acordei amando a vida, ignorando a dor e o tédio de dias cinzas dei de cara ao sair de casa com uma chuvinha rala e um céu quase azul e nem dei importância pro meio-termo. Coloquei o fone no ouvido e comecei a ouvir música querida, e pensar em coisas boas, e se eu me esforçasse muito era capaz de antever o céu se abrir e o ritmo do dia. E então as 6:45 da manhã num ônibus nem tão cheio assim fui feliz. Feliz mesmo, de não conter o sorriso nos cantos da boca, de olhar ao redor e não me importar muito com os outros e seus julgamentos, inteira e segura de mim. Demora pr'eu me sentir assim mas quando acontece é sagrado. E acaba parecendo que é meu aniversário, que eu estou me organizando pra uma festa, e antecipadamente festejando.
Nem sei se o dia vai acabar bem, se amanhã vou acordar inteira de novo. Só sei que hoje eu estou bem, que o livro que estou lendo está uma delícia e preste a acabar, que a vida ainda violeta e as vezes tem pintinhas vermelhas. Sei dos meus planos pro fim de semana, para a viagem de férias, para visita de amigo-querido e de muito chimarrão.
Eu estou bem. E nenhuma outra frase poderia significar tudo isso. Estou bem, e principalmente inteira.

*Caio.

Um comentário:

ROÍDAS E CORROÍDAS disse...

Também sinto essas feliidades às vezes. E para mim, são as mais sinceras.