quinta-feira, julho 01, 2010

Os caminhos são individuais/ intransferíveis*

Comecei a pensar no início dessa semana, nessas dependências que a gente acha que tem, e na imaturidade de agarrar-se a elas. De como é simples colocar a culpa no "companheiro do lado" por uma decisão errada, por um arrependimento, por um não, por um sim entre dentes, por um mundo desabando e todas aquelas vezes que a gente só quer sair correndo sentar debaixo da mesa e chorar, pequenininha segurando os joelhos. Se eximir da culpa não é compartilhar.
Com o nosso companheiro a gente dividi os dias, os acontecimentos, as histórias, as coisas simples, um conselho, uma decisão tomada, uma opinião. Porém no fim, quando é sobre o nosso íntimo, sobre o que somos o caminho escolhido é ,apesar de muita conversar sobre (com qualquer pessoa), uma decisão só nossa. Tem que ser só nossa. E isso também deve acontecer com o nosso companheiro, com nossos pais e amigos.
Eu amo muito quem me acompanha. E isso não é uma novidade, mas só isso não diz tudo que ele representa para mim. Outro dia num fim de tarde tive vontade de ligar para ele para declarar-me diferente, eu queria ligar e só dizer: Eu te respeito muito! Assim sem grandes explicações, sem mais... Aquilo de respeitá-lo era tão sagrado pra mim, tão nobre e bonito.
Eu o respeito muito, essa é uma grande verdade. Respeito o sentimento que ele tem por mim sem exigências e metas, o caminho que ele segue para formar o ser que ele quer ser, construindo-se dia após dia, as suas vontades e desejos porque eles também fazer parte da pessoa que ele é, os seus planos individuais e os que ele divide comigo, suas preferências, seu caráter e sua ideologia. É só assim, entendendo que respeito tudo isso e outro tanto de coisas, que consigo dizer o "Amo'cê" diário com o coração livre de dúvidas e em sua completude de razões.
Amar por amar, todo mundo ama (diz que ama), porém, será que todo mundo respeita o outro e quem ele é? Será que me respeitam?
Só posso falar de mim e eu exercito todos os dias o meu respeito ao próximo. Principalmente aos muito próximos.

*Caio Fernando Abreu

2 comentários:

renata penna disse...

falava sobre isso outro dia, com amigos. do quanto o caminho saudável para relacionar-se é respeitar, amar o outro pelo que é, e não pelo que gostaríamos que fosse. porque o que eu projeto sobre o outro é problema meu, diz respeito a mim e não a ele. ele é o que é. quando a gente respeita esses espaços, fica tudo tão mais verdadeiro, mais inteiro também.
bjo bjo bjo

Diego Couto disse...

Ama muito tudo isso, já dira um rapper ou MC desses da vida...

Só vc mesmo pra me respeitar

bjo bjo