quarta-feira, janeiro 13, 2010

Considerações sobre a liberdade

Sempre tive a sorte de ser livre, e só quem é livre sabe como a liberdade mete medo na gente. Ela nos transporta para um lugar tão instável, que as vezes por exemplo, num relacionamento a liberdade de ir e vir te faz pensar em só por um momento não querer ficar, e no instante seguinte te lembra que se for não há volta, que não é correto usar ao bel prazer o direito de ser livre e acabar destruindo o certeza dos outros.
Isso porque a liberdade acarreta ainda mais responsabilidade do que a "não liberdade", por um motivo lógico, quando não há direito de tomar decisões e só simplesmente acatá-las, não há a responsabilidade da decisão tomada. Não há o que pensar, o que antever, o que analisar, o que proteger, até porque a atitude tomada não dependia da pessoa que a tomou, porém, quando a atitude depende só de você para ser tomada e principalmente quando ela não muda o rumo só da sua vida, quando o direito de escolha e seu e ainda sim envolve a vida do outro, aí sim, a liberdade é posta a prova. A verdadeira liberdade, a liberdade de coexistir em harmonia, a de tomar decisões sábias e preocupadas com o rumo do que há de vir e com as pessoas envolvidas. E é sobre este tipo de liberdade que estou falando, e essa liberdade que agora eu tento entender, a tempos vejo essa liberdade sendo corrompida, usada com maus propósitos e contra as pessoas e não a favor.
Isso de ser livre que até parece coisa bem sutil nos dias de hoje, onde não existe repressão política e AI5, é uma coisa tão poderosa, tão definitiva e porque não dizer engajada se fosse usada da maneira certa.
Não é porque você tem o direito de tomar suas próprias decisões que você pode simplesmente ignorar o que é o melhor a se fazer para todas as pessoas que estão envolvidas nelas.
Não é porque você pode decidir em acatar ou burlar uma lei que você tem o direito de atingir o outro com essa decisão.
É por causa de pensamentos como esses que ainda hoje há acidentes terríveis por causa de motoristas alcoolizados, que cesáreas são marcadas sem levar em conta a mãe e nem o que é melhor pro bebê, que crianças não são amamentadas e que crianças cada vez mais novas são alfabetizadas sem maturação para isso. Isso acontece porque a responsabilidade com o outro não foi levada a sério, quando se toma uma decisão isso de "ser responsável pelo outro" vem em primeiro lugar.
Principalmente em dias como esses onde a liberdade já deveria ter sido internalizada com consciência.

6 comentários:

Diego Couto disse...

...gênero, número e grau...

Unknown disse...

Só serei verdadeiramente livre quando todos os seres humanos que me cercam, homens e mulheres, forem igualmente livres, de modo que quanto mais numerosos forem os homens livres que me rodeiam e quanto mais profunda e maior for a sua liberdade, tanto mais vasta, mais profunda e maior será a minha liberdade. Eu só posso considerar-me completamente livre quando a minha liberdade ou, o que é a mesma coisa quando a minha dignidade de homem, o meu direito humano refletidos pela consciência igualmente livre de todos, me forem confirmados pelo assentimento de todos. A minha liberdade pessoal, assim confirmada pela liberdade de todos, estende-se até o infinito. (...) BAKUNIN

Unknown disse...
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Unknown disse...

Num sei o q chamas exatamente por liberdade... mas a "liberdade" q temos em algumas escolhas realmente nos mostra a responsabilidade tamanha q deverá ser livre... "não é correto usar ao bel prazer o direito de ser livre e acabar destruindo o certeza dos outros." Hj na minha cabeça num há certezas, apenas dúvidas, e algum resquício de esperança que já foi forte o bastante para nortear minha vida em outrora, com isso qro dizer q num respeito muito as "certezas" dos outros, mas valorizo deveras as esperanças e dúvidas dos outros...

Unknown disse...
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Unknown disse...

poxa perdi meu ultimo comentário, enfim ele n um era bom mesmo pra estar escrito aqui.... quiçá tratamos pessoalmente

XÊRO