quinta-feira, junho 04, 2009

Uma outra.

Até o mamão de todas as manhãs hoje tem um novo gosto. Hoje eu sou outra, não tão diferente assim apenas outra. Pelo menos é o que sinto. E me volta aquele gosto de antes, sentimentos de antes, assim, a vida se renova voltando a ser, confuso não? É exatamente assim que me sinto.
Sou o que foi revirado, tenho novos cacos nas mãos. E tantas outras cicatrizes... E nenhuma dor é maior do que o prazer de vivenciar o novo, mesmo que ele venha do revirado. Nenhuma dor é maior. É no revirado que me refaço, compondo-me novamente, reorganizando as mesmas notas. A perfeccionista que eu não sou, ou não me reconheço sendo, entrando em ação.
Surgem sentimentos novos, lógico, surgem idéias novas e eu me refaço não tão totalmente feita do antes, repaginada. Livro antigo reaberto. Aquele jogado num canto qualquer, por causa da dor que causou, do desatino, pelo que não foi entendido, e de repente reaberto. Revisto e revivido pelo meu leitor ávido de descobertas perdidas na experiência anterior.