sexta-feira, agosto 28, 2009

Um dia muito feliz dessa nova vida.

Eram exatamente 4 da manhã quando a nossa filhota felina nos acordou redecorando o apartamento, e usando a cama como arranhador. Eu acordei, você já estava sentado olhando para ela ao pé da cama, conversando, tentando explicar que aquilo era errado e convidando-a a subir na cama e dormir conosco, se era isso que ela queria. E bum! As vezes acontece, a ficha cai e eu fico boba boba, quase sem acreditar que já estamos juntos. E vê-lo assim tão paterno, tão sereno com a traquinagem da filhota me faz amar muito essa nova vida nossa.
A oportunidade de esticar o braço e tocar seu cabelo as quatro da manhã, antes de acordar pra trabalhar, antes de um dia normal pela frente, me faz querer muito essa vida. Amar muito essa oportunidade.
Nosso ap pequenininho vive cheio de conversas, risadas e beijinhos aqui e ali. E não importa se ainda falta muita coisa "material" pro nosso canto ficar bem bonito, estamos muito bem servidos de cumplicidade, afazeres compartilhados, afagos e compreensão. E isso basta.
Hoje quando era exatamente 4 da manhã eu agradeci a vida e aquela força superior, por dividir a vida com você, por compartilhar a vida da nossa filhota felina com você, de estar momentaneamente inundada de certezas e conseguindo lidar com elas. E foi difícil voltar a dormir, voltar a viver aquele momento como mais um, como se o cotidiano -justo naquele momento- não fosse festivo, como se não precisassemos de umas taças de vinho pra comemorar, como se não valesse a pena ligar para a amiga mais próxima pra contar que hoje exatamente as quatro da manhã eu percebi que a minha nova vida é muitíssimo feliz.

sexta-feira, agosto 07, 2009

A vida é isso mesmo não é? O que sempre esteve na minha cara e hoje se revela aos pouquinhos. É assim mesmo, existe o que se quer e o que se pode ter. Existe o sonho da gente e a realidade que a gente vive. Existem as relações que a gente acha que tem e as relações que a gente tem de verdade.
Existe o que poderia ser e o que é. Simples assim, e não adianta, tentar mudar, continuar sonhando, escrever sobre, convencer pessoas, criar palavra de ordem, ler livros, rever amigos, arrumar novos, tentar se explicar, porque as coisas são simplesmente como são.
E não adianta gritar por aí como tenho feito "estou seguindo sem fé alguma! Eu estou cansada..." ninguém vai me levar pr'um lugar bonito e feliz, ou até mesmo num auditório alugado por horas com muitos interessados a me ouvir tecer meus comentários sobre a minha falta de fé momentanea. É isso mesmo, nem eu acredito que essa minha falta de fé permaneça, porém ainda sim quero falar dela agora.
Eu acreditava que uma ideia, um ideal poderia mudar pessoas, governos, condutas. Eu acreditava que fazer parte de algo que fosse para o bem comum sem remuneração era obrigação social. Pra mim ainda é. Eu ainda faço isso, mesmo achando que não adianta, que o meu lado da corda está arrebentando, eu e essa minha mania besta de insistir me deixam aqui puxando essa corda sozinha. Eu acreditava, momentaneamente desacredito tanta coisa.
Hoje eu só queria falar sobre como é difícil seguir o conselho de uma amiga próxima: "Deixe ir...", Manuh como é difícil fazer isso apesar de saber que é o certo, o melhor a ser feito. Deixar ir. Aproveitar para deixar ir também tantos outros que venho mantendo a duras penas, talvez isso é que tenha esgotado a minha fé, a minha fé nas pessoas.
Essa coisa de ser diferente sempre me faz cutucar aquela ferida escondida lá no fundo, essa vontade boba de manter pessoas sempre em qualquer circunstância me levou pra tantos momentos... A vida é assim mesmo né? Isso que se revela aos poucos nesse momento. E eu tenho que entender que devo deixar ir, os amores, os amigos, a vida.

segunda-feira, agosto 03, 2009

Momento de encarar os fatos*

O 5 de Copas é o seu arcano do aconselhamento nesta tiragem, Bin, e vem para lembrar deste momento como sendo importante para que você possa ver as coisas que você evitava ver. Chega de ilusões auto-impostas! Por mais dolorido que seja, é hora de identificar o que precisa ser mudado e parar de projetar expectativas excessivas nos outros, afinal isso não é justo nem com você, nem com os outros. Confronte-se com os fatos, ainda que uma parte sua evite tacitamente fazê-lo, por puro medo de sofrer. Lembre-se que sofremos mais ainda quando insistimos em histórias que não dão certo. A maior parte de nossos sofrimentos deriva de insistências tolas que fazemos, a despeito de todos os conselhos em contrário.

*tirando tarô no personare. Diz tudo, diz não?