sexta-feira, setembro 26, 2008

Mudando...

Não tenho tido tempo para escrever tudo o que penso, ou talvez só não tenha pique. Hoje penso de outra maneira e isso é bom. Não que o jeito de antes era ruim, mas mudar a forma me faz ver coisas que não veria se continuasse como antes.

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Sentada aqui em frente a porta com o olho esquerdo na direção da fechadura eu vi em parte o outro lado a vida inteira, então depois de anos na mesma posição a mão direita se cansou de apontar a arma na minha cabeça e enfim decidiu: 'atiro!' Fechei os olhos (não entendo porque o medo convence a gente a fechar o olho) quando achei que o tormento tinha passado e enfim começaria a descansar abri os olhos.
Finalmente eu vi o mundo de lá por inteiro.
Passarei a vida que me resta culpando-me por não ter dado um tiro na porta antes.


sexta-feira, setembro 12, 2008

Loucura é loucura não me compreenda*

“Doí em mim sentir que a luz que guia o meu dia não te guia não.”*

As vezes algumas certezas são cruéis. Algumas vezes eu sou cruel e outras dizem que pareço ser. Talvez essa impressão parta do meu jeito de ver as coisas, eu não gosto de rodeios, apesar de sempre estar metida em um.
Eu sempre tento simplificar as coisas, porque já sofri sabendo o caminho a seguir por não querer acreditar na verdade, por não abrir os olhos. Porque quando você faz papel de boba, TODO MUNDO acredite, todos percebem bem antes de você, fica na vista e é só apertar mais um pouco os olhos que a imagem fica nítida. Por causa disso prefiro um não, um sim, um vai pra lá, não dá mais, do que olhares e insinuações.

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Sei bem não sou fácil. Tenho esse meu jeito maluco de reclamar do nada de coisas que parecia aceitar, não precisa jogar isso na minha cara. Mas esse meu jeito não justifica que as minhas reclamações não façam sentido. Avalio tudo o tempo todo, e isso pra mim é saudável. Oxigenando as coisas, eu acabo vendo além dos ganhos e perdas, vejo o que me motivou a fazer e a estar onde estou, é tão bom ter a certeza de estar no lugar certo.
Eu tenho medo de não me perder por aí entre um corredor e outro da vida por ficar sentada na porta da felicidade guardando lugar. E é tão cruel admitir isso quanto esconder, entende? Sou a dúvida constante é amo ser.