quinta-feira, novembro 13, 2008

passo a passo


E veio a tempestade.
Achei que não resistiria, achei que meu lar ainda não estava preparado, e graças ainda bem me enganei. Às vezes um não pode anular todos os sins vividos, as vezes pode fazer deixar de acreditar para sempre ou só serve para lembrar que qualquer um pode dizer não a qualquer coisa que não estiver afim de fazer e isso é normal.
De tanto conviver a gente acha que já sabe no que vai dar, o que o outro sente e tudo, mas é só ilusão. Claro que tem momentos que a gente dança junto e que é muito bom conhecer o próximo passo que o outro vai dar, só que dependendo da música as vezes ele solta um das mãos e a gente gira gira gira gira sozinha no meio do salão. É difícil acreditar que foi assim tão rápido e sem aviso, mas foi. É. Está sendo. Nós resta manter o ritmo e esperar que a música faça com que ele nos convide a dançar outra vez. E sim, ele vai convidar. Já convidou.
Eu sei dá um puta medo dançar sozinha no salão. Principalmente se for aquele onde sempre dançaram juntos. Sei também que é difícil não acertar as perguntas sempre. Mas o bom mesmo é quando tudo não passa de um susto, de uma má interpretação aqui, um medo ali e um stress acolá, e a gente se entende como tantas outras vezes e ele pega de novo a minha mão e me leva ao meio do salão e dança comigo, rodopia junto comigo, ri junto. Bem sei que vai ter uma hora no meio da dança que a música vai pedir pra ele me soltar outra vez para girar sozinha, então estarei mais calma pois agora já sei que depois a música também pede para ele me convidar a dançar junto outra vez.

Ufa!!!Ainda bem...

Um comentário:

ROÍDAS E CORROÍDAS disse...

grande escritora! Que a dança continue, mesmo que precise recomeçar em algum ponto