quinta-feira, março 29, 2007

Diz...

Sou um homem comum
Qualquer um Enganando
entre a dor e o prazer
Hei de viver e morrer
Como um homem comum
Mas o meu coração de poeta
Projeta-me em tal solidão
Que às vezes assisto
A guerras e festas imensas
Sei voar e tenho as fibras tensas
E sou um
Ninguém é comum
E eu sou ninguém
No meio de tanta gente ...

(Caetano - Peter Gast)

sexta-feira, março 23, 2007

Nunca mais serei a mesma.


Não pensa mais nada
No final dá tudo certo de algum jeito
Eu me acerto, eu tropeço
E não passo do chão

Pode ir que eu aguento
Eu suporto a colisão
Da verdade na contra-mão
Eu sobrevivo
E atinjo algum ponto
Eu me apronto pro dia seguinte

Escovo os dentes
Abro a porta da frente
Evito a foto sobre a mesa
E ninguém aqui vai notar
Que eu jamais serei a mesma.

Escovo os dentes
Abro a porta da frente
Evito a foto sobre a mesa
E ninguém aqui vai notar
Que eu jamais serei a mesma.
(Eu me acerto - Zélia Duncan)

Essa música sempre me disse muito.


terça-feira, março 20, 2007

Por favor que tudo isso seja mentira.

Sim choro, todos os dias sempre quando estou assistindo o jornal pela manhã. Uma vez por um menino de 6 anos que foi arrastado 7 Km preso pelo sinto de segurança, outra foi por uma menina de 13 anos eu acho, que levou um tiro e ficou paraplégica enquanto esperava um ônibus, hoje foi por um músico francês de uma banda que nunca ouvi que morreu na frente da mulher, do filho de 3 anos e dos amigos num assalto.
Amanhã adoraria não chorar, porém mesmo que não morra trágicamente ninguém, as vezes choro quando vejo um professor destruindo os sonhos dos alunos, as vezes não suporto o ônibus e os rostos cansados de pessoas que ganham pouco, e ainda sim trabalham dignamente.
O que há de errado? Será que é justo obrigar alunos a estudar em uma escola sem carteiras, sem água, e até mesmo em algumas salas sem teto. Será que é justo pagar um salário mínimo para um pai-provedor sustentar uma família inteira. Se for justo dizer a um aluno que ele não pode aprender, que ele não é capaz de compreender por não enxergar, não andar ou não ouvir. Se tudo isso for justo, se todas as mortes foram necessárias, se todas as minhas lágrimas matinais foram em vão. Porque ainda há essa dor no peito? Porque meu sangue ferve? Porquê?
Queria muito ter fé, queria muito acreditar na máxima que a fé move montanhas. Adoraria poder suportar tudo isso sem lágrimas, na verdade adoraria não ter que ver tudo isso, não ter que ouvir. Quando eu era pequena achava que as pessoas só morriam de doenças, só morriam velhas, só morriam quando era a hora certa. E foi sempre assim primeiro minha avó, depois meu avô, em seguida a minha babá e daí em diante. Todos na hora certa, todos doentes. Porque agora é diferente?
Porque agora existem tantas outras modalidades? Se quem toma conta de tudo é Deus até da morte, porque um homem pode matar o outro?
Errado, errado, está tudo errado! Toda essa dor no peito, todo esse desrespeito.
Onde tudo começou a dar errado?
Acho que começou na sala de aula sem teto, na escola sem água, na casa sem espaço, com o desespero do pai sem dinheiro, do choro do filho com fome, da falta de remédio para o bebê, da falta de vaga na maternidade, no esgoto que corre no meio da rua, no morro com casas de papelão, no operário mal remunerado, na política, na constituição, nas leis de papel, nos homens de terno, na farsa, na mentira, na falsa moral, nos partidos alucinados, na deturpação da causa.
Mas agora não é hora de discutir sobre nada que afeta a mim, nem a nenhum outro brasileiro diretamente, não estão atentendo casos de morte. O governo agora está tentando satisfazer os ministros só depois dara comida e remédio aos cães.

sexta-feira, março 16, 2007

sonhar...


É comum a gente sonhar, eu sei, quando vem o entardecer

Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer

Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr

E assim chorando acalentar o filho que eu quero ter

Dorme, meu pequenininho, dorme que a noite já vem

Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem

De repente eu vejo se transformar num menino igual à mim

Que vem correndo me beijar quando eu chegar lá de onde eu vim

Um menino sempre a me perguntar um porque que não tem fim

Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim

Dorme menino levado, dorme que a vida já vem

Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem

Quando a vida enfim me quiser levar pelo tanto que me deu

Sentir-lhe a barba me roçar no derradeiro beijo seu

E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus

Ouvir-lhe a voz a me embalar num acalanto de adeus

Dorme meu pai sem cuidado, dorme que ao entardecer

Teu filho sonha acordado com o filho que ele quer ter


- O filho que eu quero ter - (Toquinho e Vinícius de Moraes)


quarta-feira, março 14, 2007

Atrasado :(


Infelizmente não deu pra comemorar aqui o 1º ano do blog, o meu acesso a Internet está cada vez mais difícil, em casa então. Prometo que no próximo haverá um post de comemoração mais decente.
Dia 11 de março de 2006 comecei a eternizar meus momentos, minhas perguntas, minhas alegrias, meu amor aqui. E isso só me acrescentou, esse blog me ensinou mais de html do que qualquer aula de informática, e pra mim foi um prazer.
Só quem é viciado em blog como eu entende o prazer de ler e escrever um blog, cada dia é diferente, cada blog diferente, a vida é diferente.
Um outro dia escrevo mais sobre essa minha paixão por blogs, agora é só um post discretinho e atrasado só para o aniversário não passar em branco.

quarta-feira, março 07, 2007

larálará!!!

Ahhh essas músicas...
O que lembram?
O que expressam?
O que mudam?


Eu tenho um mundo inteiro, e várias músicas ao fundo tocando incessantemente.
Eu tenho um grito rouco, que vive a se esconder entre um acorde e outro, olha que eu sou péssima cantora.
Tenho um milhão de sonhos, milhares de desejos e até um maior que todos, o desejo de ver a vida passar...
Tenho milhares de frases feitas aqui dentro, quer ouvir?
Tenho projetos, muitos muitos!!!
Tenho nomes, fisionomias, tenho duas pessoinhas dentro de mim que fazem tudo ficar pra depois, e um dia vamos nos encontrar, e a cada ano, o tempo certo chega mais perto, e então, eu vou senti-los ainda mais, amá-los ainda mais (um depois o outro).
Tenho versos que vivo a cantarolar, coisas que vivo a dizer não dizendo.

Sou a mulher
Música
A mulher
Sonho
A mulher
Esperando a hora certa
paciente (a esperar, esperar...)
e ai quando eu me tornar
A mulher futuro
A mãe
Com certeza serei
A MULHER QUE TANTO ESPERO SER.

(( hei o tema não era música?))

sexta-feira, março 02, 2007

aff...


Me diz você, é um saco gripar né não?

Aff
Vixe, vixe!!!

Aguardando melhoras...


imagem: